Terapeuta Ocupacional
Andreza Aparecida Spagnol
CREFITO 5957
Recursos
Recursos são modalidades diferentes de intervenções nos tratamentos, utilizados após avaliações individuais e específicas para o tratamento de cada situação. Dentre os recursos utilizados durante o atendimento destacam-se:
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
"A Tecnologia Assistiva se compõe de Recursos e Serviços. Os Recursos são todo e qualquer item equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado ou sob-medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiências. Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistiva, auxílio visuais, matérias protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.” (www.assistiva.com.br).
A aplicação da Tecnologia Assistiva pode ser indicada para facilitar a função manual para o agarre, preensão ou manipulação de objetos, ampliando a participação do sujeito em atividades muitas vezes rotineiras, como a tarefa de preparar uma refeição, abotoar uma camisa, assinar uma folha de cheque,...
Estes visam substituir as perdas de funções motoras durante o processo de tratamento ou quando já não é possível resgatar funções normais com as técnicas de reabilitação. Aumentando a independência e melhorando o domínio de seu ambiente físico e social. Promovendo uma vida mais ativa, independente, produtiva e prazerosa.
Um recurso de Tecnologia Assistiva bastante importante como facilitador de linguagem para pessoas que perderam a possibilidade da comunicação verbal é a Comunicação Alternativa. Configuram condições concretas oferecidas a essa população, promovendo novas experiências, possibilitando acessos e permitindo participação ativa em diversos contextos de interação.
O termo Comunicação Alternativa e Ampliada é utilizado para definir outras formas de comunicação como o uso de gestos, língua de sinais, expressões faciais, o uso de pranchas de alfabeto ou símbolos pictográficos, até o uso de sistemas sofisticados de computador com voz. Um sistema de Comunicação Alternativa é "o uso integrado de componentes incluindo símbolos, recursos, estratégias e técnicas utilizadas pelos indivíduos a fim de complementar a comunicação". Os símbolos são as representações visuais, auditivas ou táteis de um conceito. As pranchas de comunicação podem ser construídas utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números. As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu usuário.
Comunicação alternativa e/ou suplementar refere-se a uma série de recursos, adaptações, métodos e técnicas que poderão favorecer o indivíduo iniciar atividades interativas e manter diálogos com maior independência. O uso do recurso pode ser temporário ou permanente, compensando as alterações ou incapacidades de comunicação expressiva.
Categorias de Tecnologia Assistiva:
1) Auxílios para a vida diária e vida prática:
Materiais e produtos que favorecem desempenho autônomo e independente em tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado de pessoas em situação de dependência de auxílio, nas atividades como se alimentar, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais.
2) Recursos de acessibilidade ao computador:
Conjunto de hardware e software especialmente idealizado para tornar o computador acessível a pessoas com privações sensoriais (visuais e auditivas), intelectuais e motoras. Inclui dispositivos de entrada (mouses, teclados e acionadores diferenciados) e dispositivos de saída (sons, imagens, informações táteis). São exemplos de dispositivos de entrada os teclados modificados, os teclados virtuais com varredura, mouses especiais e acionadores diversos, software de reconhecimento de voz, dispositivos apontadores que valorizam movimento de cabeça, movimento de olhos, ondas cerebrais (pensamento), órteses e ponteiras para digitação, entre outros. Como dispositivos de saída podemos citar softwares leitores de tela, software para ajustes de cores e tamanhos das informações (efeito lupa), os softwares leitores de texto impresso (OCR), impressoras braile e linha braile, impressão em relevo, entre outros.
3)Projetos arquitetônicos para acessibilidade:
Projetos de edificação e urbanismo que garantem acesso, funcionalidade e mobilidade a todas as pessoas, independente de sua condição física e sensorial. Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros, mobiliário entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas.
Alguns exemplos de Tecnologias Assistivas que contribuem com a evolução funcional para:
1) Limitações de membros inferiores: • Cadeira para banhos; • Duchas manuais; • Dispositivos computadorizados para controlar aparelhos eletroeletrônicos, sistemas de segurança e iluminação. Como controle remoto. • Tapete antiderrapante; • Rampas; • Barras de auxilio; • Elevadores; • Altura de móveis adequados; • Órteses de joelho-tornozelo-pé ou tornozelo-pé para auxiliar a marcha; • Assentos e encostos anatômicos; • Rolo de posicionamento; • Parapódium; • Bengalas de antebraço; • Andador; • Cadeiras de rodas leves, de fácil propulsão e de fácil transferência; • Prancha de transferência; • Controles manuais para direção em automóveis; • Assentos especiais; • Elevadores e cintos de segurança em transportes públicos;
2) Limitações de controle de tronco: • Calçadeira de cabo alongado para colocar os sapatos; • Sapatos com velcros ou elásticos; • Esponjas de cabo alongado para banho; • Coletes estabilizadores; • Cintos de posicionamento, que mantém o quadril junto ao encosto; • Tecidos anti-deslizantes nos assentos; • Combinação de diferentes densidades de espumas para evitar pontos de pressão;
3) Limitações de membro superiores: • Suporte para xampus e sabonetes; • Cabo alongado e engrossado para banho, alimentação e matérias de escritório; • Prancha inclinada para apoios de livros; • Haste para folhear páginas com imã na ponta, e clipes nas folhas; • Órteses adaptadas para alimentação; • Presilhas para fixar as panelas; • Pratos com ventosas; • Tábua para cortar alimentos com ventosas e “pregos” para prender o alimento; • Roupas com velcros; • Torneiras adaptadas; • Colmea para teclados; • Mouses de fácil manipulação ou adaptado, com acionador para os programas com sistema de varredura; • Teclado alternativo ou sensível, ou tela sensível ao toque; • Haste Fixada na cabeça para digitação; • Configurações no computador; • Portas com maçanetas de fácil manuseio ou com sensores;...
Partindo-se de uma análise do estado de saúde do sujeito, das condições de suas estruturas corporais, de suas possibilidades de realização de atividades e participação social e ainda levando em conta contextos de vida e fatores emocionais deste sujeito, o Terapeuta Ocupacional pode propor adaptações facilitadoras que devem melhorar o seu desempenho funcional.
ÓRTESES - MEMBROS SUPERIORES
CONFECÇÃO DE ÓRTESES PARA MEMBROS SUPERIORES:
Definição: “Órtese é um aparelho aplicado ao redor de um seguimento corporal para tratar de uma deficiência física ou incapacitante”. ASHT
Todo sujeito que apresenta algum tipo de disfunção em membros superiores deve ser considerado, já no momento de sua avaliação inicial, um “provável” usuário de algum tipo de órtese, seja para auxiliar no melhor posicionamento do membro superior, seja para incrementar a função manual.
A correta indicação de uma órtese deve ser precedida de criteriosa avaliação clínica e funcional do membro, onde avalia-se: - qual é o problema principal: clínico ou funcional?; - quais são os indicadores e objetivos do uso da órtese?; - como a órtese afetará o problema e a função global do indivíduo?; - quais serão os benefícios?; - quais as limitações?; - o quanto a órtese “atrapalha” e o quanto ela beneficia?; - Funcionalmente, o que é possível e o que não é possível?; - tempo uso indicado?; ...
Outros fatores relacionados ao indivíduo englobam: - estado clínico e funcional; - comportamento; - estilo de vida; - preferência; - papéis ocupacionais; - ambiente de trabalho e de sua vida; - questões de apoio social; - questões relacionadas a segurança e prevenção;...
Existem nomenclaturas para os diferentes tipos de órteses que variam de acordo com o objetivo terapêutico desta. Ex: posicionamento de punhos e dedos; abdução do polegar; cock-up; contenção de desvio ulnar ou radial;...
Órtese é um agente terapêutico; a indicação é a Terapeuta Ocupacional que faz e sua confecção é uma mão de obra especializada.
Para sua confecção são exigidos conhecimentos específicos de seguintes considerações anatômicas: - pregas palmares, proeminências ósseas, arcos e sistema muscular.
Existem três tipos de órteses: estática, estática progressiva e dinâmica. A estática objetiva posicionamento correto do membro, facilita a prevenção de maiores deformidades e é mais indicada para uso noturno. A estática progressiva tem a mesma função que a estática podendo ser elevado seus graus de alongamentos. E a dinâmica utiliza partes móveis para permitir controlar ou restaurar o movimento; seus objetivos são aplicar uma força “delicada” intermitente em tempo maior, alongar os tecidos, estabelecer deslizamento de tendões e equilibrar forças a fim de recuperar movimentos.
Fatores relacionados às órteses: modelo, finalidade, adaptação, conforto, estética, custo, peso, facilidade para cuidar, durabilidade. Quanto mais precoce a indicação, maior será a eficácia como coadjuvante da terapia, o que não significa, porém, especialmente em pacientes portadores de lesão do SNC que
apresentam grave hipertonia, a absoluta prevenção de deformidades.
FESS
FES - ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA FUNCIONAL:
O método é reconhecido internacionalmente pela sigla FES, que é a abreviatura da sua denominação da língua inglesa Functional Electrical Stimulation.
A estimulação Elétrica Funcional é uma forma de eletroterapia capaz de produzir contrações musculares com objetivos funcionais, gerando movimentos funcionalmente úteis e harmoniosos.
Bases da eletro estimulação:
-perturbação mecânica e química da membrana neural;
-desencadeia o potencial da ação nervoso;
-trafega até a junção mioneural, liberando acetilcolina;
-abre canais de sódio;
-desencadeia o potencial da membrana da fibra muscular;
-estimula a liberação de cálcio;
-provoca o deslizamento das fibras de actina e miosina,
-contração muscular
Efeitos da utilização do FES: aumento das fibras musculares com atividade oxidativa e glicolítica (fibras tipo I e tipo II e intermediárias). As fibras musculares tipo I, contração lenta, apresentam grande atividade oxidativa, participam da contração tônica e na manutenção da postura. As fibras musculares tipo II, contração rápida, apresentam grande atividade glicolítica, responsáveis pelas contrações fásicas. E as intermediárias, apresentam diferentes graus de atividades enzimáticas.
Características comuns da mão hemiplégica: predomina a flexão de punho, desvio ulnar, dedos em garra, perca dos arcos palmares, inviabilização da preensão.
As características do músculo esquelético não são imutáveis devido à plasticidade muscular. Em resposta às mudanças no uso do músculo, suas características estruturais, bioquímicas e fisiológicas adaptam-se para satisfazer mais apropriadamente as demandas impostas, assim demonstram significativas modificações em resposta à eletro estimulação.
Desta forma, os efeitos tardios do FES são: estímulo à neuroplasticidade; modificação das propriedades viscoelásticas musculares e favorecimento da ação e do desenvolvimento de unidades motoras de contração rápida; manutenção de massa óssea; diminuição de contraturas de tecidos moles (imobilismo); diminuição de espasticidade e promoção de alongamentos mais suaves e mais intensos.
A espasticidade caracteriza-se como um estado anormal no qual os reflexos fásicos e tônicos exagerados são usualmente hiperativos e a habilidade e força diminuídas.
O FES proporciona um alívio da espasticidade na musculatura antagonista a que está sendo estimulada.
Indicado para os casos de A.V.E (acidente vascular cerebral, e outras patologias).
O FES pode ser utilizado desta forma para a reeducação muscular. O aumento de unidades motoras ativadas ou a taxa na qual as unidades motoras recrutadas são ativadas provoca um aumento na força de contração muscular voluntária após o FES.
Também auxilia no controle da força muscular melhorando a desempenho motor, isto é, a habilidade e a precisão dos movimentos.
Resumidamente, os efeitos tardios da eletroestimulação com o FES são: - manutenção das ADMs (amplitudes articulares) na presença de espasticidade; - melhora da propriocepção; - reorganização do ato motor (aumento dos movimentos voluntários e melhora da consciência corporal); - estímulo de independência para a realização das ABVDs (atividades básicas da vida diária) e AIVDs (atividades instrumentais da vida diária) com maior inclusão do membro acometido.
Indicações do FES: hemiplegia, tetraplegia, paralisia cerebral, lesões nervosas periféricas incompletas, perdas sensoriais, prevenção de deformidades, musculatura em desuso prolongado.
Contra indicação: usuários de marca passo cardíaco de demanda.
O FES não deve ser um recurso terapêutico único no tratamento de alguma patologia. Sempre deve ser um dos recursos de tratamento utilizado dentro de um conjunto de procedimentos que fazem parte da reabilitação de portadores de deficiência física definitiva ou temporária, com incapacidade maior ou menor.
BANDAGENS TERAPEUTICAS
As técnicas da bandagem terapêutica estão indicadas para diferentes disfunções corporais, que podem ser divididas em ortopédicas e neurológicas. Utilizadas para o tratamento de dores musculoesqueléticas, correções articulares, posicionamentos de segmentos, hipotonia e espasticidade. (Morini JR. Nelson, 2014-Bandagem Terapêutica).
Trata-se de uma fita, com propriedades específicas em sua composição, que é colocada em algumas partes do corpo de acordo com seu objetivo terapêutico. Sendo mais um recurso ao tratamento de reabilitação. Usualmente existem dois tipos de bandagem mais utilizada: elástica e a rígida.
A elástica funciona ajudando a biomecânica e pode ser favorável ao movimento do músculo, melhorando seu desempenho, ou também pode ser contrária a ação desse músculo, inibindo a sua ação. Funciona como um estímulo proprioceptivo.
Ela possui uma reivindicação de poder afetar o sistema vascular. A propriedade do recuo da bandagem e uma espessura similar a epiderme são qualidades principais que se sugerem fazer este tipo de bandagem ser eficaz em influenciar a circulação, controlar o edema e em conseguir mudanças no sistema linfático. (Thompson, David, 2015- Bandagem Funcional e Kinésio Taping).
A habilidade das bandagens elásticas em levantar a epiderme supostamente cria uma diminuição na pressão nos tecidos subcutâneos e “abre” as canaletas linfáticas, assim melhorando o fluxo linfático. (Thompson, David, 2015- Bandagem Funcional e Kinésio Taping).
Já a bandagem rígida serve para estabilizar, que vai dar estabilidade e impedir que se realizem determinados movimentos. Por exemplo, onde o paciente necessita de proteção a lesões, proteção para tecidos em reparação e facilitação de mudanças de postura.
Essas são altamente adesivas e seu efeito é conseguido pela falta de elasticidade longitudinal na bandagem. Ela se destina a manter, proteger, mover, limitar, controlar, levantar e dirigir o movimento ou a posição dos tecidos e das articulações. (Thompson, David, 2015).
Os objetivos da bandagem funcional são:
- corrigir a biomecânica de uma articulação ou tecido;
- comprimir uma lesão recente para reduzir o edema;
- limitar movimentos articulares não desejados;
- facilitar o processo de cicatrização sem estressar as estruturas lesadas,
- proteger ou dar suporte às estruturas lesadas numa posição funcional durante os exercícios de reabilitação, de alongamentos e proprioceptivos. (THOMPSON, David, 2015-Bandagem Funcional e Kinesio Taping)
Além da recuperação de lesões musculares e dores, o processo da bandagem terapêutica é também usado para outras indicações. A bandagem age para recuperar a musculatura fraca e ajudar na postura correta. Em casos de lesões musculares, a bandagem impede que a musculatura trabalhe.
Normalmente a aplicação da elástica dura por volta de três a quatro dias e da rígida, dois dias. Sendo necessária a reaplicação para melhor eficácia no tratamento.
A aplicação da técnica deve ser utilizada somente por um profissional da área formado em curso de Bandagens para que os resultados sejam satisfatórios.
A forma de aplicação exige conhecimentos específicos da técnica, envolve, além do conhecimento e definição do objetivo terapêutico a esse tratamento, diferentes formas no momento da aplicação como: localização dos músculos; início e término de aplicação (origem/ inserção ou vice versa) nesses; tração adequada exercida na bandagem; observação clínica e reaplicação por um período apropriado ao caso.
A bandagem será bem sucedida se a terapeuta ocupacional ou fisioterapeuta tiver diagnosticado corretamente o problema do paciente e tiver um conhecimento da biomecânica das estruturas envolvidas através da formação em curso específico para a aplicação das bandagens.
ADEQUAÇÃO POSTURAL
Para usuários de cadeiras de rodas
O conceito e a prática da adequação postural, também conhecida pelo tremo “seating”, são recentes. Por muito tempo o posicionamento adequado para o usuário de cadeira de rodas era realizado de forma precária, utilizando um simples travesseiro ou um cobertor no assento da cadeira de rodas, com objetivo de “aliviar” pontos de pressão.
Atualmente existem inúmeros modelos de cadeiras de rodas e acessórios que podem ser confeccionados ou comercializados para proporcionar uma adequada postura para o usuário de cadeira de rodas.
A tecnologia assistiva é a ciência que tem se preocupado em desenvolver pesquisas e equipamentos que favoreçam o aumento, a manutenção e a melhora das habilidades funcionais do indivíduo portador de incapacidade. A adequação postural é um dos ramos dessa ciência e tem como objetivos:
- Ser confortável: a cadeira de rodas é a extensão de um corpo incapacitado, e a pessoa passará grande parte de seu tempo nesse equipamento, geralmente na mesma posição;
- Aliviar pressão: a distribuição do peso corporal tem de ser uniforme, favorecendo, assim, o alívio dos pontos de pressão. Este item refere-se principalmente às pessoas que apresentam alteração de sensibilidade dolorosa e, por isso, são muito suscetíveis a desenvolver úlceras de pressão (“escaras”). Vale ressaltar que a pressão aumentada sobre uma região do corpo não é o único fator desencadeante para o aparecimento de úlceras de pressão, mas também a umidade, a desnutrição, o calor,...
- Incrementar a função: o sistema tem de possibilitar ao indivíduo a otimização e a maximização das funções motoras (ex: dos membros superiores), fisiológicas (ex: facilitar o processo de deglutição e digestão, respiração,...), mobilidade para realizar transferências com independência e autonomia, entre outras;
- Proporcionar Suporte Corporal: o sistema deve oferecer suporte corporal adequado para o portador de deficiência de acordo com suas necessidades como, por exemplo, suporte no tronco quando o controle motor voluntário não for eficaz;
- Facilitar a Prevenção de Maiores Deformidades; através de adaptações ao corpo como, por exemplo, no caso de escoliose, deve haver um encosto que contenha essa escoliose de forma a favorecer o seu não progresso;
- Permitir alterações e ajustes: o sistema deve ser planejado de forma que atenda as necessidades atuais (posturais e funcionais) do indivíduo, mas deve permitir modificações para que seja adequado às novas necessidades que possam surgir futuramente.
A escolha da cadeira, seja manual ou motorizada, deve levar em consideração o potencial motor do paciente, suas necessidades dentro de sua casa e na comunidade.
A adaptação da cadeira de rodas às necessidades de cada usuário inicia-se com uma acurada avaliação, por meio de um protocolo.
Após a aquisição da cadeira de rodas adaptada, recomendam-se reavaliações periódicas para que os objetivos da adequação postural, anteriormente citados, sejam atingidos.